terça-feira, 15 de setembro de 2009

Bahia, Simpatia e Vida Alheia.


A Bahia é um estado muito particular, e por mais que isso seja dito aqui, nada se compara a sensação de ‘bater perna’ pelas ruas da metrópole capital para ter-se certeza do fato. Aqui todo lugar se torna bastante engraçado e crítico. Análises socioeconômicas a parte, todos os comportamentos aqui são meio folclóricos, porque não se repete, não se imita, se é.

Numa feira de rua, por exemplo, toda a forma de se vender produtos, pechinchar preços, falar mal da concorrência e atrair os clientes, tudo é tão diferente e ao mesmo tempo tão nosso. Aqui as pessoas gostam de conversar demais, quem anda sozinho na rua, corre o risco de se bater com uma pessoa e ter uma companhia dali em diante. Nas filas? Nem se comenta.

Em eventos sociais, como somos peculiares nós baianos, diversos indivíduos com uma só taça de champagne se tornam ainda mais simpáticos. Nos shoppings desconhecidos adoram remeter opiniões sobre o que se compra. O baiano é o povo que mais se dispõe um ao outro, com uma vontade de ajudar e saber da vida alheia, como povo nenhum o faz.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Escolhas Necessárias

Todo o dinamismo da vida consiste em mudanças e escolhas. Nada mais pode causar tamanho incomodo senão o fato de romper e sacrificar nossos dias com a escolha de outros caminhos a serem seguidos.

O momento de pôr na balança o que não se pesa e de medir o que não se mede causa uma sensação de tamanha estranheza, que muitos preferem não fazer.

E seguem pelo estático, pelo imóvel.

O romper não é fácil.

Manter o olhar sobre o que te emociona e ter que partir para o que lhe racionaliza é um massacre. Mas esse sacrifício se faz bastante necessário, porque para algo crescer, algo há de se perder.

Escolher entre o que se gosta, o que se ama, o que faz pulsar e entre o necessário para o crescimento, entre as batalhas e as guerras de lógicas é algo extremamente desconfortável.

Por fim, quem se opõe aos gritos das escolhas, perde a chance da renovação. E quem não renova, vive no silêncio. Emudecido diante das melhores e das piores coisas. O que pode até ser cômodo e conveniente.

Mas não supera.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pra você um custo, pra mim um valor.

Eu desde sempre soube diferenciar firmemente custo e valor. Que são coisas altamente distintas.

Custo é somente uma questão financeira, um critério de moeda. Quando vamos a uma loja e compramos, consumimos e pagamos. Á vista, no cartão de crédito, no débito... O custo acaba ali, no momento do pagamento.

O valor é uma coisa além, onde o custo se torna somente um viés.

Por quantas vezes compramos ou ganhamos algum mimo, que por um momento, uma circunstância se torna tão especial? E não estou falando de apego material. Falo da importância mesmo.

Quantas mulheres carregam jóias de família, pertencentes a mães, avós, bisavós? E que para elas, dinheiro algum no mundo pode pagar. Não há custo.

Quantos homens fazem questão de ter uma peça exclusiva e cheia de representatividade?

Quem de nós não tem um presente, que nos remete a um momento único, a uma pessoa especial? Uma cultura? Um costume?

Comigo não é diferente, tenho coisas que quando penso no custo, percebo o quão pouco isso represente.

Porque o valor das coisas está acima disso tudo.

Assim, claro, o que pra você pode ser um custo, pra mim é um valor.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Impulsividade e Velocidade

Perdoem a falta de atualização, mas, desde que retornei ao Blog do Poder tenho repensando bastante como aprimorar esse espaço. Assim, há dias em que faço análises de layout, editorial, formas. Enfim...

E nem sempre publico o que escrevo, resolvo segurar o meu lado mais crítico e parto para outros horizontes.

Não que eu queira me remeter a uma autocensura. Não mesmo. É que existem certos conceitos, que precisam ser aprimorados. E mais que isso, preciso aprimorar a impulsividade também, que não me incomoda, não me é cruel, mas, como tudo nessa vida, precisa sempre ser repensada.

Muita coisa acontece no nosso meio de vida. Tantas besteiras que vejo a imprensa e as pessoas dando valor. Tanta coisa bacana, de qualidade e sem espaço, onde de direito.

Esses contrastes culturais me incomodam bastante.

E agora Salvador começa a ferver, sinais de verão na cidade [que faz calor 365 dias por ano].

Setembro é um mês de importância para mudanças e velocidade.

Compreendem também a importância da velocidade?