Um Diálogo Verdadeiro

- Penso que em algum momento você pode resolver não mais manter um relacionamento comigo.

- Isso é loucura. Não existe um único motivo para que eu queira nossa separação.

- Sabe quantas pessoas não tinham motivo e em algum momento acabou-se uma relação?

- Que desequilíbrio da sua parte pensar assim, me colocar em papel de comum, me comparando a qualquer pessoa. Não brinco com sentimentos, não digo que amo que não tem significado para mim.

- Eu já ouvi isso antes e minha decepção foi imensa.

- Desisto de falar alguma coisa. Não são palavras que vão mudar o que eu sinto, o que você sente e o que pensamos.

- Agora acredito em você.

O tempo que inspira.

Deixando de lado toda a hipocrisia diária das nossas vidas, sempre de lado e se possível cada vez mais distante, vale a máxima do aproveitar em modo ‘full time’ todas as oportunidades que a vida nos oferece.

E engraçado como eu, que acabo de afirmar isso, até pouco tempo atrás tinha a mania de querer [como se houvesse em nós tal arbítrio] por um limite a minha vida. Onde me referia à idade que tenho e a idade que gostaria de acenar em despedida a esse mundo, a essa vida.

Há pouco tempo, perdi uma pessoa de grande importância na minha vida. Alguém que no alto da sua sétima década vivia para afirmar um conceito próprio de felicidade, onde o amor era soberano, os dias precisavam ser prosa e música e a liberdade, ah a liberdade! Essa era a Mãe e o Pai do bem viver.

E por isso, alguém que chegou a essa idade, deixando um legado imensurável, me deu esse fôlego de vitalidade. Agora o que quero é viver meus próximos 50 ou 60 anos assim – sutil, educado, estudioso, leitor, pretensioso e livre. Para que alguém possa me encontrar sorrindo e ouvindo as minhas histórias possa sorrir devagar e mudar de conceito como eu mudei.